Afinal…Qual atividade física fazer?
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Quando chega o momento de escolhermos uma prática de atividade física, como meio de melhorar a saúde e obter mais qualidade de vida, surge a grande dúvida: Qual atividade física fazer?
E aí a resposta mais correta é: depende.
Em meio a tantas opções de exercícios e práticas corporais, escolher aquela que seja a ideal para você, dependerá de alguns fatores que, se não forem analisados com calma, poderá fazer com que a sua iniciativa de começar uma prática regular de exercícios físicos, se torne rapidamente uma verdadeira tortura, gerando falta de motivação, frustração e desistência logo nos primeiros dias de treino.
Dessa forma, pensando no que seria interessante analisarmos antes de iniciar uma prática de exercícios físicos, separei algumas dicas pra facilitar um pouco essa escolha, pois muitas vezes, uma escolha errada poderá te frustrar a ponto de você não querer praticar mais nenhum tipo de exercício em sua vida, seja ele qual for. Esses fatores com certeza lhe ajudarão a refletir melhor, se autoconhecendo, para então, com maior clareza escolher aquela prática que lhe trará prazer e motivação na conquista de uma vida mais saudável.
Esses fatores são:
Seu tipo de Personalidade
Como você se descreveria? Você é uma pessoa comunicativa? Gosta de interagir com outras pessoas? Gosta de fazer atividades em grupos ou prefere fazer de forma mais individualizada? Você é uma pessoa mais introspectiva? Prefere ficar no seu canto?
É muito importante se conhecer nesse sentido, pois se é uma pessoa que não é muito fã de interações sociais, é bem provável que o ambiente de academia talvez não seja para você. Pois é um ambiente onde as pessoas que participam costumam ter uma interação maior entre seus pares.
Talvez nesse seu perfil, a prática de atividades mais individualizadas, como caminhadas, corridas, aulas personalizadas, seria mais compatível com o seu tipo de personalidade.
Já o contrário, se é uma pessoa totalmente extrovertida que adora se comunicar com outras pessoas, talvez fazer uma atividade física mais individualizada como uma corrida por exemplo, não te motive tanto ao ponto de você continuar com o seu treino, poderá se sentir solitária, sentir falta de uma maior interação social.
Talvez nesse caso, praticar uma dança ou um esporte coletivo seja mais a “sua praia”.
Existem também perfil de pessoas que adoram o contato com a natureza, independente de estar sozinho ou em grupo, e talvez para esses casos, praticar uma hora de caminhada ou corrida ao ar livre seja mais motivador do que ficar malhando 1 hora numa academia.
Aqui é preciso se conhecer. Atividades físicas tem para todos os gostos e perfis, basta encontrar aquele que vai lhe proporcionar um alinhamento melhor com o seu jeito de ser e de fazer as coisas.
Academias não são pra todo mundo. Tem muita gente que não suporta mesmo o ambiente, mas nem por isso, deixam de fazer outras atividades físicas prazerosas e que lhe trazem saúde e qualidade de vida.
Fase da vida em que você está e seus objetivos
Outro ponto que é preciso destacar no momento de escolher uma prática de exercícios é justamente identificar em qual fase da vida você está.
Por exemplo, é bem diferente os gostos, objetivos e perspectivas em termos de práticas regulares de atividades físicas de um adolescente de 18 anos, de uma mulher casada de 40 anos e de um idoso de 75 anos. Embora os três podem estar fazendo os mesmos tipos de exercícios, com certeza suas prioridades e objetivos normalmente serão diferentes.
Assim, é preciso identificar em qual fase da vida você está e o que é mais importante pra você nesse momento. É uma prática de exercícios para emagrecer? É para ganhar massa muscular? É apenas para manter a manutenção do corpo praticando uma atividade física diária? É para ajudar na sociabilização?
Geralmente em adolescentes e jovens a preocupação maior é com a estética corporal, muitas vezes até, de forma errônea, ignorando o fator saúde nessa prática. Já com um público mais maduro, a partir dos 35 anos, geralmente a prática pode ter outros significados, como a busca pelo emagrecimento, a busca por uma prática que alinhe saúde física e bem estar mental, como exercícios de yoga e pilates, com intuito de melhorar a qualidade de vida.
Já na fase dos idosos, a prioridade muitas vezes é a prática como meio de reabilitação ou de sociabilização, procurando não só manter uma vida ativa e saudável, mas também para melhorar sua autonomia e independência em termos de movimentos, bem como, a de manter uma convivência com um grupo social.
E para cada uma dessas fases, existem programas e exercícios próprios que irão focar nesses objetivos. Por isso é muito importante antes da escolha, identificar em qual fase você está e quais são as suas prioridades e objetivos no momento.
Tempo disponível que você tem
É preciso analisar também o tempo disponível que você tem para a sua prática. Se é uma pessoa que trabalha o dia inteiro e faz faculdade a noite por exemplo, é bem provável que o tempo disponível para fazer sua atividade física seja apenas aos finais de semana.
Se você trabalha, cuida da casa, de filhos e ainda estuda, é provável que o seu tempo disponível seja bem menor do que aquela pessoa que só trabalha e tem todas as noites livres pra realizar a sua prática.
Se tem bastante tempo disponível, tanto faz frequentar uma academia, um parque ou treinar em casa. Mas se por outro lado, seu tempo é bem escasso, é preciso fazer o seu pouco tempo render, é preciso se organizar, e com isso, talvez uma locomoção até uma academia, considerando a espera pelos aparelhos na sala de musculação (se for treinar num horário de pico por exemplo), não seja uma opção viável para você nesse momento.
O que é importante considerar aqui é que passamos por muitas fases na vida, e para algumas delas realmente a prática de exercícios físicos enquanto rotina, ficará um pouco comprometida. As vezes pode ser a época de faculdade, pode ser a época em que você acaba de ter um filho, ou até mesmo, uma época em que tem que dar uma prioridade em outras coisas em sua vida.
Mas sempre deve ter claro que é apenas uma fase, e que sua vida e sua saúde não pode ficar preso a ela. É preciso entender realmente como fase, para assim que possível estabelecer uma rotina de práticas saudáveis.
Uma coisa é você ter uma vida inteira ativa e apenas algumas fases dessa vida sem ter praticado algo, outra completamente diferente, é usar essas fases como uma “desculpa” para não praticar exercícios ao longo de sua vida toda. É preciso colocar a saúde como uma prioridade. Afinal sem saúde, não conseguiremos atingir outros objetivos de vida.
Ter clareza do que gosta de fazer
Por último mas não menos importante, é preciso reconhecer o que você gosta de fazer. Não adianta ficar forçando fazer uma academia se você não suporta a ideia de malhar em uma.
Se você é uma pessoa que não gosta muito de agitação, talvez os exercícios de consciência corporal (como alongamentos, yoga, pilates, tai chi chuan) sejam mais motivadores do que praticar uma aula de zumba na academia.
Se por outro lado, você é uma pessoa ligada em performance, diversas formas de competições, talvez praticar um esporte coletivo te traga mais prazer do que fazer uma caminhada sozinho no parque.
Gosta de dançar? Então sua prática regular de exercícios físicos, pode ser frequentar uma escola de dança 3 vezes por semana. Ou se gosta da natureza, pode escolher uma prática mais aventureira como prática para uma vida saudável.
Enfim, é preciso se conhecer e com isso, saber o que realmente gosta para fazer escolhas que lhe trarão, além dos benefícios a saúde, o prazer em praticar uma atividade física regular.
Existem atividades para todos os gostos e bolsos, basta apenas escolher a que mais lhe atrair e fazer disso uma prática prazerosa. Pois somente com o prazer da prática é que conseguimos nos motivar e manter a disciplina necessária para fazer dessa prática uma rotina constante.