Alimentação Saudável – Fazer as escolhas certas!

Alimentação Saudável – Fazer as escolhas certas!

Falar em alimentação saudável é falar de escolhas. Boas escolhas alimentares.

Quando pensamos nas possibilidades de alimentos diferentes que temos a nossa disposição, percebemos que são nossas escolhas que irão determinar quais desses alimentos farão parte da nossa rotina alimentar.

Logo, pensar numa alimentação saudável diz respeito não só a questão da saúde em si, mas também, ao estilo de vida que queremos levar.

E quando falamos em estilo de vida, temos que considerar todos os fatores que a vida moderna nos trouxe: aumento das redes de fast food, menor tempo de refeições em casa, menor tempo dedicado às refeições, maior consumo de ultraprocessados, aumento no tempo de tela, poucas horas de atividades físicas diárias, e etc.

Esses são só alguns fatores que a modernidade trouxe, contribuindo de forma negativa com a nossa saúde e nosso bem estar, e pior, aumentando os casos de obesidade no mundo.

Hoje a Obesidade é considerada uma condição de epidemia global em constante crescimento nos países em desenvolvimento, caso de saúde pública mesmo.

Segundo a OMS e ABESO(2020), só no Brasil, os números são assustadores:

  • Aumento da obesidade nos últimos 13 anos: 67,8%
  • Maior taxa de crescimento foi entre adultos de 25 a 34 anos (84,2%), seguidos de 35 à 44 anos (81,1%)
  • Com excesso de peso: 55,7% / Com Obesidade: 19,8

E o grande problema da obesidade (e de uma má alimentação), é que por si só, ela já é um grande fator de risco para saúde, pois a partir dela podem ser geradas doenças como hipertensão, diabetes, alguns tipos de câncer, cardiopatias e etc.

Não é a toa que aumentou significativamente as doenças hipocinéticas (doenças que são desencadeadas pela falta de hábitos saudáveis) no mundo. Se por um lado, com a vida moderna, ganhamos em expectativa de vida, por outro lado, estamos perdendo em saúde, pois estamos envelhecendo com muito mais doenças do que antigamente. É o preço que estamos pagando pelo estilo de vida que estamos vivendo.

Mas a boa notícia é que mudando os hábitos, em especial, alimentares e práticas de atividades físicas, podemos reverter esse quadro tão assustador.

Está em nossas mãos a escolha do estilo de vida que queremos viver, se uma vida com hábitos e envelhecimento saudáveis, ou uma vida, desequilibrada com envelhecimento cheio de doenças… a escolha é estritamente nossa.

Muitas vezes a solução pode parecer algo muito difícil de se fazer: Como mudar os hábitos? Como implementar rotinas mais saudáveis? Como ter disciplina pra isso? Preciso fazer essas dietas milagrosas?

Mas nem sempre a coisa precisa ser vista de forma tão complicada assim, principalmente quando falamos em alimentação saudável. Podemos iniciar de forma mais simples e aos poucos ir progredindo para um estilo de vida com escolhas mais saudáveis que irão efetivamente contribuir com a nossa saúde como um todo. É uma questão de educação alimentar mesmo.

E para contribuir um pouquinho nesse processo de educação alimentar, listo aqui a nova classificação dos alimentos, que está presente no Guia Alimentar para a População Brasileira. Segundo o Guia, os alimentos são categorizados como seguem:

  • ALIMENTOS “IN NATURA”

São os alimentos obtidos diretamente de plantas ou animais. São adquiridos para consumo sem ter sofrido qualquer tipo de alteração após deixarem a natureza.

São exemplos desses alimentos: Frutas, Legumes, Verduras.

  • ALIMENTOS “MINIMAMENTE PROCESSADOS”

São os alimentos In Natura que passam por alterações simples, após deixarem a natureza, mas que não adicionam nenhuma substância (como sal, açúcar, óleo, gordura e outros) ao alimento original. São alterações simples como: Limpeza, secagem, embalagem, pausterização, resfriamento, congelamento, etc.

Exemplos desses alimentos: Arroz, Feijão, Leite, Frango, Café (moído), Congelados, Grãos secos, etc.

  • ALIMENTOS PROCESSADOS

Embora sejam derivados de produtos diretamente in natura, estes possuem a adição de sal, açúcar ou outro ingrediente (óleo ou vinagre), para torná-los mais duráveis e mais saborosos.

Exemplos: Todo tipo de conserva (palmito, milho, picles, ervilha), compota de frutas, extrato de tomate, queijos, iogurtes, pães, atum, sardinha, etc.

  • ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS

São os alimentos criados pela indústria – Contém substâncias sintetizadas em laboratórios derivados de petróleo, carvão, como corantes, aromatizantes, substâncias para realçar sabores, para torná-los mais atraentes, mais acessível, mais prático e mais durável.

Exemplos desses alimentos: Biscoitos, sorvete, salgadinhos, bala, barra de cereal, molhos prontos, pão de forma, pratos prontos, etc.

De acordo com essa classificação do Guia Alimentar, para termos uma alimentação mais saudável, o ideal seria:

  • A base da nossa alimentação deve ser os alimentos in natura ou minimamente processados.
  • Escolher os processados somente para complementar a alimentação que deve ser baseada nos in natura.
  • Limitar / Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados (não são comida de verdade)
  • Se habituar a ler os rótulos dos alimentos (se existem muitos ingredientes na lista, provavelmente o alimento deve ser ultraprocessado).

Como podemos perceber nessa classificação, os alimentos ultraprocessados são os “vilões” da história, e é justamente neles que devemos nos concentrar em reduzir/eliminá-los da nossa rotina alimentar. Pois a quantidade de substâncias/ingredientes sintetizados são enormes e são grandes responsáveis por comprometer a longo prazo a nossa saúde.

E entendo também que não é algo fácil de se fazer, pois esses alimentos entram na categoria de “praticidade” do nosso dia a dia, como pratos congelados, molhos prontos, guloseimas em geral, etc. o que dificulta ainda mais, nosso processo de escolhas.

Mas como disse acima, só nós somos os responsáveis pelas nossas escolhas, e se hoje temos o conhecimento para saber que determinado grupos de alimentos a longo prazo farão mal á nossa saúde, esse processo de escolha acaba se tornando um pouco mais fácil, pois agora sabemos exatamente o que queremos para nós, não é mesmo?

Uma coisa é quando não temos conhecimento e vamos consumindo de tudo que aparece em nosso caminho, outra totalmente diferente, é termos o conhecimento do que nos faz bem e do que nos faz mal, e assim sermos capazes de fazer escolhas mais assertivas transformando o nosso estilo de vida para uma vida mais saudável e equilibrada.

Refletir sobre as escolhas alimentares é um primeiro passo rumo a uma vida mais saudável. Tenho certeza que, combinando essas escolhas com outros hábitos de vida, teremos uma vida muito mais plena e cheia de saúde. E isso é o que desejo para todos nós!!

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